Nos últimos anos, o conceito de “viagem lenta” ou “slow travel” tem ganhado cada vez mais destaque no turismo, impulsionado por uma crescente busca por experiências mais profundas e autênticas. Em vez de se concentrar em visitar o maior número possível de atrações turísticas, o turismo de viagem lenta prioriza a imersão cultural, onde o viajante se torna parte da comunidade local. Este modelo permite que as pessoas se conectem de maneira mais significativa com os destinos e suas culturas, adotando uma abordagem mais relaxada e reflexiva.
A viagem lenta também ressoa com a busca por uma vida mais equilibrada e menos apressada, proporcionando aos turistas a oportunidade de explorar o mundo com mais cuidado e atenção. É um reflexo da mudança nos valores da sociedade contemporânea, onde se valoriza o bem-estar, a sustentabilidade e a verdadeira conexão com os outros.
O turismo lento aparece como nova tendência de viagem no Relatório de Tendências da renomada marca hoteleira Hilton para o ano de 2025. Conforme apresenta o estudo, esta prática mais imersiva promete continuar crescendo e contribuindo cada vez mais para criar um turismo mais responsável e enriquecedor para os envolvidos nesta cadeia.
O estudo foi realizado em 13 países diferentes, entrevistou mais de 13 mil adultos com mais de 18 anos e reflete uma evolução necessária, o desejo crescente por experiências mais genuínas e conscientes. Essa tendência não apenas promove o bem-estar individual dos viajantes, mas também contribui para a sustentabilidade ambiental e o fortalecimento das economias locais. Ao abraçar a imersão cultural e a conexão real com os destinos, o turismo lento oferece uma abordagem mais equilibrada e enriquecedora, promovendo uma forma de viajar mais responsável.
Este modelo de viagem, considerado uma tendência para o ano de 2025, está contribuindo diretamente com as cidades secundárias e com destinos menos saturados do turismo, oferecendo assim, uma alternativa ao turismo massivo, tão prejudicial para o meio ambiente quanto para as comunidades locais. Além disso, os viajantes estão mais “qualificados” e cada vez mais preocupados com a sustentabilidade e a responsabilidade social, buscando dentro das suas possibilidades, minimizar seus impactos ambientais e optar por experiências mais conscientes.
*Grazielle Ueno é professora e coordenadora do curso superior de tecnologia em Gestão de Turismo do Centro Universitário Internacional Uninter. Doutora em Tecnologia e Sociedade, mestre em Turismo e especialista em Educação e em Meio Ambiente.
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JULIA CRISTINA ALVES ESTEVAM
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