Estatísticas do Instituto Nacional de Câncer – INCA indicam que cerca de 11 mil novos casos de câncer do Sistema Nervoso Central – SNC, incluindo o cérebro e a medula espinhal, devem surgir por ano no Brasil. Os tumores do SNC representam aproximadamente 4% de todos os cânceres diagnosticados no país. No mundo, de 1,4% a 1,8%, sendo que 88% dos casos ocorrem no cérebro. Os tumores cerebrais são a 12ª causa mais comum de mortes por câncer globalmente.
O neurocirurgião Denildo Veríssimo, do COP – Centro de Oncologia do Paraná, explica que um tumor cerebral é uma massa ou crescimento anormal de células no cérebro ou em tecidos próximos. “Os tumores podem ser benignos, ou seja, não cancerígenos, ou malignos, no caso, cancerígenos. Eles podem surgir diretamente no cérebro (os tumores primários) ou ser o resultado de metástases de outros tipos de câncer no corpo, os chamados tumores secundários.
Os sintomas dos tumores cerebrais costumam variar de pessoa para pessoa e dependem do tamanho, localização e taxa de crescimento do tumor. E quem algum dia não teve dor de cabeça? Pois saiba que ela é um dos principais sintomas para esse tipo de tumor. Por isso, dê atenção a dores de cabeça persistentes, que pioram com o tempo ou que fazem acordar a noite. Fique atento a convulsões, elas costumam vir acompanhadas de dormência, formigamento, movimentos descontrolados nos braços e nas pernas, de dificuldade na fala, do ato de sentir cheiros estranhos, de episódios de inconsciência e convulsões.
“Um sintoma que pode passar despercebido por parte da população se dá quando há alterações na visão. A pessoa pode pensar que está com a graduação dos óculos fraca, cansada ou não dormiu direito, por isso ‘caiu’ a acuidade visual. Porém, é importante notar se há dificuldade ou perda visual persistente, se é progressiva ou abrupta. Outro sinal é a chamada visão dupla acompanhada ou não de estrabismo”, destaca Dr. Denildo Veríssimo.
Preste atenção também a sinais como dificuldade de equilíbrio e coordenação, fraqueza ou dormência em partes do corpo, mudança na capacidade de sentir calor, frio, pressão, um toque leve ou algo afiado.
Como tratar
O tratamento depende do tipo, tamanho, localização do tumor e do estado geral de saúde do paciente. Importante salientar que o tratamento deve se iniciar a partir do diagnóstico, possibilitando, assim as chances de cura da doença.
As principais opções terapêuticas são:
Cirurgia: para remover o tumor, quando possível. Em alguns casos, apenas uma parte pode ser removida para aliviar os sintomas.
Radioterapia: a radiação tem como objetivo destruir células tumorais ou reduzir seu tamanho.
Quimioterapia: uso de medicamentos para matar ou impedir o crescimento das células cancerígenas.
Terapias-alvo: são os tratamentos à base de medicamentos que são projetados para interferir em moléculas específicas das células cancerígenas, como genes, proteínas ou enzimas. “Atacam” especificamente as células tumorais causando menos dano às células saudáveis.
Imunoterapia: visa estimular o sistema imunológico para atacar células tumorais.
Prevenção
De acordo com cirurgião oncológico, não há formas garantidas de se prevenir um tumor cerebral, porém, algumas medidas podem reduzir os riscos gerais, como, por exemplo:
Evitar exposição à radiação desnecessária, como exames excessivos ou exposição ocupacional;
Adotar um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada; exercícios regulares e evitar o consumo de álcool e tabaco.
Monitoramento genético: pessoas com histórico familiar podem considerar acompanhamento médico periódico.
Lembre-se: cuidar da saúde depende de você. Faça visita regulares ao médico, os exames por ele indicados, cuide da alimentação, pratique exercícios físicos e tenha tolerância zero com álcool e tabaco.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
Heverson Bayer
contato@bayercamposcom.com.br