Sorriso não é mais apenas um município no mapa, mas sim um fenômeno nacional. Com um crescimento econômico que impressiona e consumidores cada vez mais seletivos, a cidade mundialmente reconhecida como a “Capital do Agronegócio” agora se coloca como um dos maiores e principais polos do mercado de luxo do interior brasileiro.
A crescente demanda por imóveis de alto padrão na cidade é um reflexo fiel do perfil patrimonialista dos investidores locais, amplamente ligados ao agronegócio, setor que tradicionalmente valoriza ativos sólidos como forma de segurança financeira. Essa característica, que há anos vem sendo uma marca do agro, recentemente tem buscado por imóveis cada vez mais luxuosos e dentro das cidades, não só para atender as exigências de qualidade de vida, mas como estratégia de preservação e multiplicação de patrimônio.
O mais recente marco disso aconteceu durante o lançamento de um empreendimento imobiliário de luxo na cidade, o HAMOA, cujo 90% das mais de 480 unidades oferecidas foram vendidas em menos de 24 horas após o lançamento. O feito impressiona não apenas pela velocidade, mas pelo valor geral de vendas (VGV) incrível, estimado em aproximadamente R$ 500 milhões.
“O fato de não haver mais terras rurais disponíveis para expansão, faz com que, hoje, haja uma diversificação de investimento por parte dos empresários sorrisenses. Ele continua com a cultura de investir em terra, só que, agora, direcionando para o mercado imobiliário urbano”, analisa o CEO da Foco Negócios Imobiliários, Tiago Borba.
Mercado imobiliário local parece não conhecer limites
Para se ter uma ideia da potência do consumidor de Sorriso e que, mesmo obtendo cerca de 140 mil habitantes, a cidade já conta com cinco grandes condomínios horizontais considerados de alto luxo – levando em consideração o recém lançado HAMOA. Ou seja, isso põe a cidade como principal município do interior do Mato Grosso e um dos maiores cases do mercado imobiliário nacional quando se leva em consideração o consumo triple A, ou de alto luxo.
“Sem dúvida isso faz com que a cidade esteja competindo no mesmo patamar com outras cidades do Brasil e que são até maiores que Sorriso, inclusive com algumas capitais”, comenta Tiago.
Perfil aquisicionista versus déficit na locação
A presença mais constante de investidores no mercado imobiliário urbano tem se mostrado, inclusive, como uma luz no fim do túnel para reduzir a escassez de imóveis disponíveis para locação. Ainda segundo o especialista, hoje já existem [em Sorriso] diversas propostas de produtos [empreendimentos] voltados para essa finalidade.
Contudo, um levantamento feito neste ano pela Foco Negócios Imobiliários apontou que para conseguir atender totalmente à alta demanda por aluguéis na cidade, seria necessário aumentar em aproximadamente 20% a quantidade de imóveis disponíveis para este mercado.
“Tudo vai depender do ritmo do crescimento populacional da cidade. Porque, por mais que ela supra a demanda atual, se o município continuar a aumentar a população em dois dígitos nos próximos três anos, cria-se novamente um déficit”, finaliza Tiago Borba.
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HAMILTON MARCOS DOS SANTOS JUNIOR
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