Nos últimos anos, a estética regenerativa tem se destacado como uma tendência crescente no campo da medicina estética, especialmente entre aqueles que buscam resultados naturais sem perder a essência do seu verdadeiro eu. Este movimento reflete uma mudança na percepção dos tratamentos estéticos, nos quais as pessoas priorizam a saúde e a beleza da pele de forma mais holística e personalizada.
Para a Dra. Tatiana Fioroti, especialista em harmonização orofacial, essa tendência só vem reforçar o argumento do tratamento preventivo. “Eu acredito muito que em 2025, o tratamento regenerativo vai estar super em alta. A tendência é que cada vez mais a gente use menos produtos injetáveis ou infle menos o rosto das pessoas, colocando o próprio organismo para trabalhar em favor de regenerar e gerenciar o envelhecimento”, diz a especialista.
A busca por uma aparência mais natural é um fenômeno global. Estudos mostram que os consumidores estão cada vez mais interessados em tratamentos que realcem suas características individuais, ao invés de alterá-las drasticamente, obtendo resultados muitas vezes indesejados. Uma pesquisa da Mintel, agência especializada em inteligência de mercado, revelou que 80% dos brasileiros acreditam que as marcas de beleza devem fornecer evidências científicas sobre os resultados prometidos. Isso demonstra uma crescente demanda por procedimentos que não apenas melhoram a aparência, mas também respeitam a singularidade de cada pessoa.
Nos últimos anos, muitos artistas e influenciadores brasileiros têm compartilhado suas experiências negativas com procedimentos estéticos, revelando arrependimentos significativos. O cantor Lucas Lucco, por exemplo, realizou harmonização facial e, ao se olhar no espelho, sentiu que havia perdido sua identidade. Ele chegou a fazer um processo de “desarmonização” para recuperar suas características originais. A cantora Gabi Martins também expressou seu descontentamento após realizar múltiplos procedimentos, incluindo preenchimentos labiais e faciais, afirmando depois que se sentia exagerada e artificial.
Crescimento do mercado da estética no Brasil e no mundo
O mercado de estética tem apresentado um crescimento robusto. De acordo com dados da Euromonitor International, o Brasil é o quarto maior mercado de beleza do mundo, com uma expectativa de crescimento médio anual de 5,7% até 2025. O setor global de cosméticos foi avaliado em US$ 313,22 bilhões em 2023 e deve alcançar US$ 417,24 bilhões até 2030, com uma taxa de crescimento anual de 4,2% durante esse período. Esses números refletem não apenas o aumento do interesse por cuidados pessoais, mas também a evolução das técnicas disponíveis.
Tratamentos naturais e eficazes
Entre os tratamentos que promovem uma aparência natural estão o Polidesoxirribonucleotídeo, mais conhecido como PDRN, que atua como um agente regenerativo celular. “Ele é feito do DNA do esperma do salmão, atua como um fator de crescimento, promovendo a regeneração celular e a produção de colágeno e elastina, proteínas essenciais para a saúde e a melhora da aparência da pele”, explica a Dra. Tatiana.
Outra indicação, são bioestimuladores de colágeno, que não só preenchem áreas específicas do rosto, mas também promovem a regeneração da pele. “Associado ao PFR, que é o plasma rico em fibrina, funciona assim: a gente colhe o sangue do paciente, coloca numa centrífuga, separa a parte vermelha da parte branca, colhe a parte branca e mistura com os bios estimuladores de colágeno e depois injeta no paciente, é como se eu multiplicasse o resultado, diz a especialista.
Das opções destacadas pela doutora, existe o ultrassom microfocado. Esse processo promove pontos de microcoagulação no tecido. “Associado ao protocolo do PRF e aos bioestimuladores, esse tratamento vai promover microcoagulação no tecido como se fosse dando uma grampeada, melhorando a aderência e a firmeza do tecido na região aplicada da face”. Rico em fatores de crescimento, esse tratamento é projetado para oferecer resultados sutis e naturais, permitindo que os pacientes mantenham sua identidade enquanto melhoram a aparência. “Existem também as injeções intramusculares, elas atuam induzindo o organismo a produzir mais colágeno também”, acrescenta a Dra. Tatiana.
Igualmente importante na estética por seus efeitos regenerativos e terapêuticos e associado ao PRF, os exossomos, são vesículas extracelulares que desempenham um papel fundamental na comunicação celular. Podem ser aplicados em procedimentos como microagulhamento ou lasers, potencializando os resultados ao melhorar a permeação dos ativos na pele. “Os exossomos atuam diretamente nas células-alvo, entregando moléculas que estimulam proteínas essenciais para a firmeza e elasticidade da pele. Essa ação modula a inflamação e acelera a cicatrização promovendo o equilíbrio das respostas locais e a regeneração celular”, explica Fioroti.
São muitas as opções de tratamento. A estética regenerativa representa uma nova era e vai além dos resultados visíveis. O estado emocional e o alinhamento da expectativa entre paciente e profissional elevam os tratamentos para níveis de satisfação, obtendo resultados mais eficazes e duradouros.
Com o crescimento contínuo desse setor e as tendências emergentes para 2025, espera-se que mais pessoas busquem soluções que respeitem sua individualidade enquanto melhoram a aparência. Essa abordagem não apenas traz satisfação pessoal, mas também promove um conceito mais saudável de beleza — um que valoriza o natural e celebra a singularidade de cada indivíduo.
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MARIA REJANE GUIMARAES E SILVA
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