Parece impossível que alguém ainda se recuse a acreditar nas emergências climáticas. Fenômenos extremos acontecem no planeta inteiro, inclusive em nossa capital. Chuvas que significam, no espaço de uma hora, mais da metade do que deveria chover no mês inteiro, como aconteceu há pouco.
É confortador saber que se a capital tem problemas, tem também soluções. No plano da gestão municipal, o Prefeito Ricardo Nunes quer fazer em 2025, um plantio como nunca houve na cidade. É o ano da COP30 e São Paulo, a maior cidade brasileira, vai dar o exemplo. Um grupo de trabalho já foi formado e está a trabalhar para que São Paulo seja cada vez mais verde.
No plano da ciência, a excelente notícia é que o IEA – Instituto de Estudos Avançados da USP, criou a sua oitava Cátedra: Clima e Sustentabilidade. Para coordená-la, o climatologista Carlos Nobre, autoridade mundialmente reconhecida como um dos mais respeitados cientistas do planeta. Ele estudará questões de interesse para São Paulo, indicando soluções baseadas na natureza, que resgatarão o cuidado e carinho que a cidade precisa cultivar em relação ao ambiente.
Convergindo com a política municipal, a Cátedra desenvolverá dois importantes estudos: a avaliação dos eventos extremos que têm ocorrido e como a capital pode se adaptar para que não haja mortes e os prejuízos materiais sejam os menores. Uma das causas é a questão da cobertura vegetal. A partir da ideia de “Esponja Verde Urbana”, Carlos Nobre defenderá o reflorestamento de grande parte da região metropolitana da pauliceia. É o que amenizará a temperatura, pois o calor mata silenciosamente, mais do que as ondas de frio.
O segundo estudo é a educação ambiental. Preparar infância e juventude para o enfrentamento dos desastres climáticos. Prevenir é sempre melhor do que remediar. São Paulo está, portanto, no bom caminho. Prefeitura e USP na mesma corrente de tornar a cidade mais verde e sua população ecologicamente preparada para os eventos extremos. Tomara que a sociedade se conscientize de que ela pode fazer muito para a adaptação da megalópole a suportar os fenômenos que derivam de nossa inclemência para com a natureza. Todos juntos, teremos uma São Paulo melhor.
*José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.
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LUCIANA FELDMAN
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