O mercado imobiliário do Brasil está em franca expansão e, por isso, apresentou, no último ano, um aumento expressivo de 44% nas vendas de imóveis, de acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Entre as capitais que estão em alta, um destaque especial vai para Goiânia, que se consolidou como o terceiro maior mercado imobiliário do Brasil. Esse sucesso imobiliário do Estado de Goiás pode ser explicado pelo desempenho econômico e populacional superior à média nacional. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) nacional avançou 2,9% em 2023, o PIB de Goiás registrou uma alta de 4,4%.
Do ponto de vista populacional, Goiânia teve um aumento de 11% entre o censo de 2010 e o de 2022, enquanto a média do Brasil registrou, aproximadamente, 7% no mesmo período. “Este crescimento econômico e populacional de Goiânia acima da média nacional aqueceu bastante o mercado imobiliário local, resultando em valorizações dos imóveis acima de qualquer aplicação financeira”, comenta Fernando Razuk, CEO da SOMOS Desenvolvimento Imobiliário. Segundo dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), os imóveis em Goiânia tiveram valorização de 23% no ano de 2022, 18% no ano de 2023 e 12% apenas no primeiro semestre de 2024.
E se o crescimento de Goiânia tem impulsionado o mercado imobiliário da cidade, em Rio Verde não poderia ser diferente. Seguindo essa tendência, a cidade localizada no coração do Brasil e com seu potencial de desenvolvimento econômico, especialmente no agronegócio, também vive um momento de grande expansão imobiliária. Por ser um importante polo agrícola, especialmente na produção de grãos como soja e milho, Rio Verde atrai grandes investimentos, tanto nacionais quanto internacionais. Segundo um levantamento do Ministério da Agricultura e Pecuária divulgado recentemente, Rio Verde é a quinta cidade mais rica do agronegócio no Brasil.
Tal fato impulsiona o crescimento econômico e a geração de empregos, aumentando assim a demanda por moradia e infraestrutura, tornando a cidade mais atrativa para novos moradores. “Isso gera uma maior demanda por imóveis, tanto residenciais quanto comerciais, devido à migração de trabalhadores qualificados e investidores de outras regiões do Brasil. Para suportar o crescimento econômico, há um aumento nos investimentos em infraestrutura urbana, e, consequentemente, valorização dos imóveis e, naturalmente, a liquidez de imóveis tende a ser maior”, destaca o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Rio Verde (Ademi-RV), Fausto Capparelli.
A cidade apresenta um aumento populacional de 30,58%, entre os anos de 2010 e 2024, muito acima da média se comparado com a própria capital do Estado que foi de 11%, despontando como um dos mercados mais promissores para investidores. “Assim como os imóveis em Goiânia tiveram grande valorização em função do crescimento econômico e populacional da cidade, não tenho dúvidas de que esta tendência seja a mesma nos imóveis em Rio Verde, que está com uma valorização muito acima até mesmo dos imóveis de Goiânia”, afirma Fernando Razuk, CEO da SOMOS Desenvolvimento Imobiliário. “O custo da construção vai aumentar significativamente nos próximos anos se a reforma tributária for aprovada pelo Congresso Nacional. Quem investir em imóvel agora, vai ganhar com toda essa valorização nos próximos anos”, complementa Razuk.
Áreas verdes favorecem a valorização
Ao pensar no futuro de determinados bairros e regiões, é preciso pensar em como ele vai atender novas demandas, com investimentos expressivos. Um desses exemplos vem do bairro Interlagos, região que se tornou a “bola da vez” do mercado imobiliário de Rio Verde e está no início de uma grande transformação, gerando um grande potencial de valorização de seus imóveis, e que conta com o Parque Interlagos, um dos maiores parques urbanos do Estado de Goiás. Outro destaque do bairro é a construção do primeiro mall da região, que vai agregar mais valor ao bairro, levando mais conveniência e serviços de qualidade.
A pesquisa Living by the Park, realizada pela consultoria britânica Knight Frank em 2020, destaca a tendência no mercado imobiliário internacional para esta década. Segundo ela, a média global de valorização para empreendimentos frente parques será de 34%, uma vez que eles proporcionam melhor qualidade de vida e bem-estar aos moradores. Essa valorização de imóveis acontece em qualquer lugar no mundo como, por exemplo, em Nova York, em frente ao Central Park; e em São Paulo, em frente ao Parque Ibirapuera. Em Goiânia não é diferente. Dados da Ademi-GO comprovam que os imóveis localizados em frente a parques, como o Parque Flamboyant e o Parque Vaca Brava, valem entre 23% e 39% a mais que os demais. “Com certeza essa tendência mundial deve acontecer também aqui em Rio Verde”, aposta Rogério bastos, diretor comercial da SOMOS.
Quem tem a oportunidade de morar em torno de uma grande área verde pode ser considerado privilegiado por poder praticar exercícios ao ar livre, realizar passeios em família e desfrutar da vista e tranquilidade desses espaços naturais, por exemplo, sem abrir mão dos benefícios encontrados no centro das cidades. Em geral, o desenvolvimento imobiliário acontece de forma mais rápida no entorno dos parques, pois é uma preferência do público consumidor. E como esses terrenos são finitos, os empreendimentos construídos nesses locais têm valorização mais rápida do que os demais.
Procura X Demanda
O crescimento da cidade acaba atraindo a atenção de construtoras e incorporadoras, principalmente de Goiânia, que tem investido em novos empreendimentos e lançamentos. Além disso, elas agregam muito oferecendo projetos inovadores. “Tem sido muito bom receber essas novas incorporadoras aqui na cidade. As previsões para o nosso mercado são as melhores. Toda pesquisa que se contrata para a cidade indica um crescimento contínuo, pelo menos para os próximos dez anos e entendemos que Rio Verde é a bola da vez no Estado”, frisa o gerente comercial da Peixoto Imóveis, Denilton Fernandes.
Oportunidades de investimento, especialmente em imóveis menores, como por exemplo apartamentos de dois quartos, são apontadas como ideais para quem busca investimento em imóveis. Isso porque, segundo os especialistas, imóveis menores têm maior liquidez, tanto para a locação, quanto para a venda. Os imóveis em Goiânia têm valorizado acima de 20% ao ano e, como a economia e o crescimento populacional de Rio Verde é maior, a aposta é que os imóveis da cidade se valorizem mais que Goiânia. “Dessa forma, o investimento em imóveis para alugar passa a ser a melhor alternativa de investimentos, uma vez que, somando o valor do aluguel à valorização do imóvel, o retorno pode ultrapassar 30% ao ano”, esclarece Razuk. “É muito mais rentável e seguro do que qualquer aplicação financeira”, ressalta.
De acordo com a head de Operações do Grupo Realize de Rio Verde, Cássia Jorge, a tendência é de alta, impulsionada principalmente pela demanda de jovens profissionais, investidores e pequenas famílias. Além disso, com a valorização das áreas centrais e a escassez de terrenos grandes, o mercado está se adaptando para oferecer soluções inteligentes que atendam essa demanda. “Essa é uma demanda consolidada e crescente. A configuração familiar e o estilo de vida das pessoas estão mudando, e muitas buscam imóveis menores que atendam às suas necessidades de praticidade e conforto. Em Rio Verde, isso é especialmente visível entre jovens profissionais, casais sem filhos ou até investidores que buscam uma boa oportunidade de rentabilidade com aluguel. Portanto, acredito que esse tipo de empreendimento veio para ficar, acompanhando as novas tendências do mercado”, destaca. Ao mesmo tempo, moradores locais, especialmente jovens e casais iniciando a vida, também veem nesses empreendimentos uma excelente oportunidade de adquirir sua primeira moradia. Os empreendimentos com apartamentos menores são atrativos por oferecerem praticidade, localização estratégica e um preço final mais acessível, sem abrir mão do conforto e da modernidade.
Aluguel ou Venda: Qual a melhor saída?
Seja para venda ou aluguel, ambos segmentos são fortes em Rio Verde. Enquanto muitos compradores veem esses imóveis como uma oportunidade de investimento para venda futura, apostando na valorização; o mercado de locação tem alta demanda, especialmente com a chegada de novos profissionais, estudantes e famílias que se mudam para a cidade por conta do desenvolvimento econômico. No entanto, a demanda por aluguel tem se mostrado particularmente aquecida, o que torna esse um ótimo investimento para quem busca rentabilidade recorrente. Como foi o caso do engenheiro civil Cristiano Guimarães de Castro, que teve dificuldade para encontrar um local para se estabelecer em Rio Verde.
Por ser um mercado competitivo e com custo elevado de vida na região, a busca exigiu uma localização estratégica para reduzir deslocamentos. “Iniciei uma busca por imóveis para locação, porém enfrentei preços altos e escassez de ofertas. As plataformas de anúncios eram insuficientes, com muitos anúncios desatualizados e falta de informações claras sobre custos. Eu vi que assim tem escassez de produto aqui e o preço é muito alto. É a lei da procura e da oferta. Tem pouca oferta aqui e aí o preço sobe e a procura é grande. Foi bem complicado porque alguns preços de aluguéis eram praticamente o dobro do que se paga em Goiânia. Mas, após cerca de quatro meses de pesquisa, encontrei um apartamento que atendeu minhas necessidades com uma negociação justa”, conta.
Essa alta demanda também contribui diretamente para aumentar a liquidez desses imóveis. Por serem produtos mais acessíveis, tanto em termos de preço quanto de manutenção, os imóveis com dois quartos são negociados mais rapidamente. Esse perfil de imóvel também atrai um público diversificado, desde quem busca moradia própria até investidores interessados em aluguéis, o que garante uma rotatividade saudável no mercado. “Na medida que esses empreendimentos de imóveis com plantas inteligentes são lançados e entregues na cidade, as necessidades de infraestrutura, de modernização e urbanização mudam completamente para as regiões, se fazendo necessário mais opções de serviço, conveniência e lazer, por exemplo, tornando a cidade mais agradável aos seus moradores”, finaliza Fernando Razuk, CEO da SOMOS Desenvolvimento Imobiliário.
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CAROLINA OLIVEIRA DE ASSIS
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