Cuiabá está enfrentando surtos de gastroenterite viral e as crianças podem ser muito afetadas por este problema de saúde, alerta a pediatra Miriane Rondon, do Hospital e Maternidade Femina. Segundo a especialista, a doença provoca uma inflamação aguda do revestimento do estômago e dos intestinos, ocasionando vômitos e diarreia, por vezes acompanhados de febre ou cólicas abdominais.
“É importante entender que a gastroenterite pode ser causada por agentes infecciosos virais, bacterianos ou parasitários, resultando em vômitos, diarreia, cólicas abdominais, febre e perda de apetite, o que pode levar à desidratação. O diagnóstico é confirmado após a observação dos sintomas e histórico de exposição da criança”, explicou a pediatra.
Para prevenir a gastroenterite, a médica enfatiza a necessidade de práticas higiênicas no manuseio dos alimentos, como a lavagem de frutas e vegetais com casca. Ela também destaca a importância de consumir água mineral, filtrada ou fervida.
“É essencial incentivar tanto as crianças quanto os responsáveis por elas a manterem a higiene das mãos e a aprenderem a evitar o consumo de alimentos armazenados de maneira inadequada”, frisa.
Durante o período de infecção, a hidratação adequada é crucial, uma vez que as crianças perdem grandes quantidades de líquido devido aos vômitos, à diarreia e à transpiração.
“O responsável pela criança deve oferecer várias vezes ao dia água, soro e água de coco se possível, e deve evitar bebidas isotônicas, refrigerantes e sucos artificiais”, detalha a pediatra.
Ela ressalta que bebês com menos de seis meses são os mais vulneráveis à desidratação e devem ser amamentados normalmente, além de receber soro de reidratação oral. Para aqueles alimentados com fórmulas, é imprescindível consultar o pediatra para possíveis adaptações.
Desidratação
O risco de desidratação é a razão primordial para buscar atendimento de emergência. A pediatra aponta alguns sinais de alerta para os pais e responsáveis, como a piora da diarreia, vômitos persistentes, sede excessiva, recusa recorrente de alimentos, presença de sangue nas fezes e diminuição na produção de urina. “Nesses casos, é essencial levar a criança ao Pronto-Atendimento”, salienta.
Sobre a alimentação durante o período de gastroenterite, a pediatra esclarece que é normal a criança não ter apetite. Ela aconselha os cuidadores a oferecer apenas a quantidade de comida que a criança se sentir confortável em consumir, sem pressioná-la, pois a alimentação deve retornar ao normal assim que a criança se recuperar.
Sobre a Femina
O Hospital e Maternidade Femina atua há mais de 40 anos em Cuiabá, nas áreas de Pediatria, Obstetrícia, Ginecologia e pronto atendimento com plantão 24 horas. Também conta com estrutura laboratorial de análises clínicas, no caso de exames solicitados durante os pronto-atendimentos. Ainda fazem parte de sua estrutura UTI adulta, UTI Neonatal e UTI pediátrica.