No nono episódio da série documental AMAZÔNIA NOVAS HISTÓRIAS, que estreia nesta quarta-feira, 30/10, no Canal Futura e na Globoplay, o foco recai sobre os povos originários da Amazônia, destacando a história, a cultura e os desafios contínuos que estas populações enfrentam para preservar as tradições e os territórios em um cenário de crescente pressão externa.
Inspirada no longa-metragem Amazônia Eterna, de 2012, a série tem direção de Guilherme Fernández, roteiro de Fernanda Miranda e produção da Giros Filmes e apresenta, em dez episódios, desafios emergentes com enfoque na bioeconomia e no retorno ambiental, social e financeiro de se manter a floresta em pé. Gravada na floresta amazônica, conta com depoimentos de pessoas que interagem diretamente com este bioma, como indígenas, ribeirinhos, líderes comunitários, ativistas e pesquisadores científicos.
No documentário, o antropólogo Cloves Farias Pereira, professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), revela a profundidade da conexão entre os povos originários e a Amazônia, apontando que essa região é, em grande parte, uma “paisagem cultural” moldada por suas práticas agrícolas e de manejo sustentável. Pereira destaca que muitos dos produtos da floresta amazônica, como o açaí e a castanha, são resultado direto desse legado. “O que une esses povos é a resistência”, afirma, enfatizando que os saberes tradicionais relacionados à cura e à alimentação estão cada vez mais ligados ao conceito moderno de bioeconomia.
Luiz Antônio Nascimento, sociólogo da UFAM, traz à tona a vulnerabilidade crescente dessas populações, especialmente com o avanço de interesses econômicos privados sobre seus territórios. Nascimento salienta que essas comunidades habitam a Amazônia há 40 mil anos, mas que a chegada de colonizadores e a exploração insustentável colocaram sua existência em risco. Para Nascimento, “garantir o respeito à pluralidade e às diferenças” é uma prioridade, destacando a criação do Ministério dos Povos Indígenas como uma conquista importante para o movimento de defesa dos povos originários.
O episódio também narra histórias inspiradoras de mulheres que, enfrentando dificuldades, se organizaram em torno da Associação de Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (AMARN). Joana Montana Galvão, artesã e professora indígena do povo Dessano, destaca a importância da sustentabilidade em suas práticas de cultivo e o esforço coletivo das mulheres da associação para garantir o acesso à educação e preservar os conhecimentos ancestrais.
AMAZÔNIA NOVAS HISTÓRIAS: POVOS ORIGINÁRIOS vai ao ar no Canal Futura às 21h00 desta quarta-feira, 30/10. No mesmo horário, será disponibilizado e aberto para não assinantes no streaming Globoplay. Os documentários anteriores, sobre os temas Agricultura Sustentável, Água, Energia, Ecoturismo, Educação, Pesca, Carbono Neutro e Unidades de Conservação, já estão disponíveis na plataforma. O último episódio, que será transmitido na próxima semana, terá como tópico Economia Verde.
AMAZÔNIA NOVAS HISTÓRIAS é uma produção assinada pela Giros Filmes e tem apoio cultural da Toyota, por meio da Lei do Audiovisual. “Esse apoio reforça nosso compromisso em promover o desenvolvimento social no país, além de estar alinhado com o nosso Desafio Ambiental Global 2050, que direciona os esforços da marca para reduzir a carga ambiental atribuída aos automóveis para o mais próximo possível de zero, ao mesmo tempo em que cria medidas para impactar as comunidades em que atuamos”, finaliza Otacílio do Nascimento, Gerente de Comunicação Corporativa da Toyota do Brasil e Diretor Executivo da Fundação Toyota.
A Giros Filmes é uma produtora que atua há 27 anos no mercado audiovisual explorando diversos gêneros para TV, cinema, web e streaming. Ao longo desses anos, produziu cerca de 70 séries exibidas em mais de 40 canais nacionais e internacionais – HBO, TV Globo, Arte, BBC, History, Discovery, Universal TV; 21 filmes selecionados pelos festivais mais importantes do Brasil e do Mundo – IDFA, Fipa, Festival de Havana, Festival do Rio, Mostra Internacional de SP; 28 prêmios de prestígio mundial – NY Film Festival, International Documentary Association (IDA), GP do Cinema Brasileiro, Gramado, Documenta Madrid, Montreal Black Film Festival e passagem pela long list do Oscar em 2016 com o filme Menino 23.
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CARLOS ALBERTO GIL DE SOUZA
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