O ano de 2024 apresentou desafios significativos para a gestão condominial no Brasil, exigindo dos síndicos uma adaptação rápida a um cenário econômico instável e a implementação de soluções inovadoras para manter a saúde financeira e a harmonia nos empreendimentos.
Dados divulgados em maio de 2024 pela APSA indicaram que a taxa de inadimplência das cotas condominiais cresceu 5% no último ano, alcançando 17% no período. Essa elevação reflete o impacto da crise econômica que afetou diversas famílias brasileiras, resultando em dificuldades para honrar compromissos financeiros.
Gustavo Ferreira, CEO da Administradora de Condomínios em São Paulo, Fesan, destaca a importância de uma gestão financeira eficiente para enfrentar esses desafios. “É fundamental que os síndicos adotem práticas de transparência e busquem alternativas para reduzir custos operacionais, como a implementação de tecnologias que auxiliem na administração e comunicação com os condôminos”, orienta Ferreira.
A busca por soluções tecnológicas tornou-se uma tendência marcante em 2024. Ferramentas de gestão online, aplicativos de comunicação interna e sistemas de controle de acesso foram amplamente adotados para otimizar processos e melhorar a segurança nos condomínios. Essas inovações não apenas facilitaram a administração diária, mas também promoveram maior transparência nas ações dos síndicos.
Além disso, a profissionalização da função de síndico ganhou destaque. Com a crescente complexidade das leis de condominios e a demanda por maior qualidade na gestão, houve um aumento na procura por síndicos profissionais. Essa tendência foi impulsionada pela necessidade de uma administração de condomínio mais qualificada e preparada para lidar com os desafios contemporâneos.
A inadimplência em condomínios, contudo, permaneceu como um dos principais obstáculos. Levantamento realizado em março de 2023 apontou que 39% dos condomínios apresentavam uma taxa de inadimplência de 20%, concentrando-se principalmente nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste. Para mitigar esse problema, muitos síndicos adotaram estratégias como a flexibilização de prazos de pagamento e a negociação de dívidas, visando equilibrar as finanças condominiais.
A reforma tributária, discutida ao longo de 2024, também trouxe preocupações para a gestão condominial. Estimativas preliminares indicaram que os serviços poderiam arcar com um aumento de impostos, impactando diretamente os custos dos condomínios e, consequentemente, as taxas de condomínios pagas pelos moradores.
Essa perspectiva levou síndicos e administradoras de condomínios a avaliarem orçamentos e buscarem alternativas para minimizar os impactos financeiros. À medida que 2025 se aproxima, a expectativa é que as lições aprendidas em 2024 sirvam de base para uma gestão condominial mais resiliente e inovadora. A combinação de práticas financeiras sólidas, adoção de tecnologias e profissionalização da administração promete transformar os desafios enfrentados em oportunidades de melhoria contínua.
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MARCOS MOREIRA CANGUSSU
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