“O clima de ‘comício´ deu o tom ao primeiro discurso de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. É surpreendente o fato de observarmos que o nível de otimismo e aprovação de Trump, assumindo a presidência nesta segunda-feira, é significativamente superior ao visto na votação. Trata-se de algo que chama atenção. E é possível perceber que, possivelmente, isso se deve especialmente ao fato de ele ter uma agenda muito clara contra a imigração ilegal.
São milhões de imigrantes Ilegais que serão deportados. Não se sabe ainda como isso será feito. E caso se atinja um milhão de deportados em um ano, já vai ser uma marca significativa e que vai custar bilhões aos cofres públicos.
Mas, mais do que isso, a preocupação é qual o impacto real que isso vai ter. O que se sabe é que 5% da mão de obra americana são trabalhadores Ilegais. Não se tem ideia se um milhão de imigrantes ilegais fora do país vai gerar algum tipo de impacto ou não.
Uma matéria recente do Wall Street Journal destacou que as incursões do Governo da Flórida para deportar os ilegais não fizeram diferença no mercado de trabalho. É preciso tomar cuidado: talvez esses dados não sejam confiáveis, levando em conta que o governador da Flórida é um republicano.
Esse é um tema que agrada a imensa maioria dos americanos. Mas o grande ponto é observarmos, logo nas primeiras semanas, o que da narrativa de Trump era bravata, e o que, de fato, vai ser executado.
Já podíamos perceber que a narrativa das tarifas era muito mais uma motivação para gerar uma negociação com esses outros mercados e países. E é o que vem sendo demonstrado. Por outro lado, fica explícito que itens de interesse dos americanos não vão ser taxados.
Eu posso dar como exemplo o petróleo, que é importado do Canadá, entre tantos outros produtos que são de interesse dos americanos.
Já em relação a geopolítica, é possível afirmar que estamos entrando numa fase de calmaria. Isso porque Trump deixa claro que não tem disposição para entrar em conflitos e tem uma ótima relação com Vladimir Putin. Isso vai reorganizar as forças internacionais. Israel e Palestina já entraram em cessar fogo. E Trump vai, definitivamente, abandonar a Ucrânia e toda a Europa.
Há boas chances de que isso vai forçar a Ucrânia e Rússia a entrarem num entendimento de paz definitivo ou momentâneo. E se quebra especialmente essa divisão que estava se formando, de um lado Rússia, China e Coréia do Norte, e, do outro, Estados Unidos, as Américas e a Europa, quase que criando uma polarização semelhante às guerras que já existiram.
Podemos dizer que isso é positivo; desarticula esse ‘eixo do mal’ e ameniza as tensões. A fase, nesse aspecto, pode ser de muita calmaria. Mas vamos nos preparar para os próximos quatro anos, que serão de muito ruído. Não vai faltar conteúdo semanal para imprensa em relação à gestão do Trump”.
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NEIDE LIMA MARTINGO PEREIRA
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