A troca de informações é um elemento essencial nas interações humanas, especialmente no ambiente corporativo. Entender como a mente interpreta e responde às mensagens pode ser um diferencial significativo para gestores. Por isso, aqui, a ideia é entender a interseção entre comunicação e processos cognitivos, oferecendo insights interessantes para uma transmissão corporativa eficaz nas empresas.
O que já sabemos é que a troca assertiva de informações é essencial para o sucesso de qualquer organização. Segundo um estudo da McKinsey & Company, empresas com comunicação eficaz têm 47% mais chances de superar seus concorrentes. A comunicação interna, em particular, é vital para alinhar os funcionários com os objetivos da companhia, promover a colaboração e aumentar o orgulho em pertencer.
Em princípio, é necessário entender que entre os aspectos cognitivos, os processos são as atividades mentais que envolvem a aquisição, armazenamento, recuperação e uso de informações. Eles incluem percepção, atenção, memória, raciocínio e tomada de decisão. Quando uma mensagem é recebida, a mente passa por várias etapas para interpretá-la.
A primeira etapa é a percepção, na qual a mensagem é captada pelos sentidos e influenciada por experiências anteriores, expectativas e contexto. Em seguida, a mente seleciona quais mensagens merecem atenção, um recurso limitado e seletivo, especialmente em ambientes corporativos saturados de informações.
Depois, a mensagem é decodificada e integrada ao conhecimento pré-existente na etapa da compreensão. Assim, a informação é armazenada para uso futuro, sendo organizada na memória de curto e longo prazo, utilizando técnicas como repetição e associação para facilitar a retenção. E por fim, a mente decide como responder à mensagem, e essa resposta pode ser influenciada por fatores emocionais e racionais.
Além de entender quais são os processos cognitivos e a interpretação de mensagens, é necessário que o gestor tenha conhecimento sobre as estratégias que podem ser utilizadas para promover uma comunicação assertiva dentro da organização. E para isso, é essencial conhecer o público, entender o perfil cognitivo dos funcionários, suas preferências e motivações. Ferramentas como MBTI e DISC podem ajudar a adaptar a comunicação de maneira eficaz.
Além disso, clareza e consistência são fundamentais para evitar mal-entendidos, como defendem os escritores Chip Heath e Dan Heath, ao afirmar que “A clareza é a chave para a comunicação eficaz”. A repetição de informações importantes também reforça a compreensão.
O feedback contínuo também é interessante, pois promove um ambiente de melhoria constante quando é específico e oportuno. Também, diversificar os canais de comunicação, como e-mails, reuniões e redes sociais corporativas, ajuda a alcançar todos os funcionários de maneira eficaz. Incluindo, utilizar narrativas, isso torna as mensagens mais memoráveis, facilitando a retenção e o engajamento emocional.
Compreender os processos cognitivos é essencial para promover uma assimilação mais natural das mensagens transmitidas pela comunicação interna, facilitando o entendimento e o engajamento dos colaboradores. Gestores que aplicam esse conhecimento podem desenvolver estratégias de comunicação mais assertivas, criando e mantendo um ambiente de trabalho mais coeso, produtivo e agradável.
Cleide Cavalcante é jornalista com Master pela Universidade de Navarra e especialização em Comunicação Interna, Cleide é Gerente de Comunicação na Progic, empresa líder em tecnologia para Comunicação Interna no Brasil. Possui mais de 20 anos de experiência e 350 projetos digitais implantados em grandes empresas, como IBM, Danone e Michelin.
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GIULIA CRAVEIRO ROSSI
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