Com a chegada do verão, é preciso redobrar a atenção com a saúde da pele. O câncer que atinge o maior órgão do corpo humano é o tipo mais comum no Brasil, representando 33% de todos os diagnósticos oncológicos no país. São cerca de 185 mil novos casos registrados anualmente, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Embora a forma mais frequente, o câncer de pele não melanoma, tenha baixa letalidade, ela ainda responde por 95% dos casos, com 177 mil registros a cada ano. Já o melanoma, uma forma mais rara e agressiva, atinge aproximadamente 8,4 mil pessoas anualmente.
O dermatologista oncológico do Hospital São Vicente, Juliano Rebolho, alerta sobre os sintomas que devem ser observados, especialmente em épocas de maior exposição solar, como o verão.”Os principais sinais são lesões novas de aparecimento repentino ou lesões que estão evoluindo, mudando suas características, sangrando e com dificuldade de cicatrização”, afirma. Ele também ressalta que, embora muitas lesões evoluam lentamente, há casos em que o câncer pode se desenvolver de forma rápida. “Normalmente, as lesões mais agressivas têm um crescimento mais rápido”, acrescenta.
Em relação à sua origem, o câncer de pele pode ter influência de diversos fatores, tanto genéticos quanto ambientais. Segundo o médico, o principal fator genético é o fototipo da pele, ou seja, pessoas com pele mais clara, que não se bronzeiam quando expostas ao sol, são mais suscetíveis. Já no fator ambiental, o ponto central é a exposição solar. Pacientes imunossuprimidos, como os transplantados, também têm um risco aumentado.
Como prevenir o quadro?
Com mais dias de sol, temperaturas altas e muitas pessoas no litoral, o verão deve ser acompanhado dos cuidados com a pele. A conscientização sobre os cuidados durante a temporada de calor é fundamental. Além de evitar a exposição nos horários de pico, entre 10h e 16h, é recomendado o uso de filtro solar com fator de proteção mínimo de 30, reaplicado ao longo do dia. “Quanto maior o fator de proteção, por mais tempo o filtro protege. Por exemplo, um fator 30 deve ser reaplicado a cada 1h30, dependendo do índice UV do dia”, explica.
As roupas com proteção UV, principalmente em crianças e pessoas que praticam atividades físicas ao ar livre, também são uma boa opção. O médico ainda alerta que não existe bronzeado saudável e reforça que o uso de câmaras de UV para bronzeamento artificial é prejudicial, aumentando o risco de câncer de pele e, ainda, acelerando o processo de fotoenvelhecimento.
E já que muitos mitos foram criados sobre a relação entre o sol e a vitamina D, o especialista esclarece que para a ativação é necessário exposição solar com alta intensidade de radiação UVB, mas que o tempo necessário é pequeno. “Basta apenas 5 minutos, 3 vezes por semana”, revela. Ele recomenda ainda o uso de protetor solar nas áreas mais expostas, como face e mãos, e alerta que, para quem tem risco elevado de desenvolver câncer de pele, a reposição de vitamina D pode ser feita com comprimidos.
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MILENA CAMPOS FERREIRA
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