O processo para obter a cidadania italiana é um desejo compartilhado por muitos brasileiros com ascendência italiana, especialmente considerando os cerca de 30 milhões de descendentes no Brasil. No entanto, essa busca pode seguir diferentes caminhos, cada um com suas próprias vantagens e desafios: o processo presencial na Itália ou o processo judicial são alguns dos caminhos mais procurados pelos descendentes.
A cidadania italiana por meio do processo administrativo presencial, realizado diretamente em um comune italiano, é uma das maneiras mais rápidas de adquirir a cidadania. Em geral, leva de três a seis meses para ser concluído, dependendo do comune* escolhido. Essa rapidez, contudo, vem acompanhada da exigência de residência na Itália durante todo o período do processo. “Isso significa que o requerente precisa não apenas mudar-se para a Itália, mas também comprovar residência com um contrato de locação monitorado pela guarda civil italiana, o Vigile. Normalmente esta é a forma mais complexa de conseguir a cidadania, porém algumas poucas empresas como a Vicenza Cidadania fazem uma entrega profissional e completa, trabalhando com parceiros legalmente instalados em alguns pontos da Itália, assim permitindo um processo de reconhecimento da cidadania mais rápido e com a vantagem de poder ser feito enquanto o cliente ou toda a sua família, aproveitam a experiência de viver na Itália”, explica Isabella Siqueira, Advogada especialista em consultoria jurídica migratória na Vicenza Cidadania.
Por outro lado, o processo judicial para a obtenção da cidadania italiana, realizado por via legal, oferece uma alternativa mais acessível em termos de mobilidade. “Essa via é especialmente indicada para quem não pode ou não deseja se mudar para a Itália. O processo judicial costuma ser mais demorado que o administrativo presencial, levando de 18 a 36 meses em média, mas ainda é significativamente mais rápido do que o processo consular, que pode levar mais de dez anos dependendo das filas do consulado. Além disso, essa modalidade permite que todo o grupo familiar entre no mesmo processo, dividindo custos e agilizando a obtenção da cidadania para todos os envolvidos”, explica Isabella.
Uma das grandes vantagens do processo judicial é a comodidade: todo o procedimento pode ser realizado sem a necessidade de viajar para a Itália, o que resulta em uma economia substancial de tempo e dinheiro. Porém com um bom planejamento é possível conhecer suas origens enquanto o processo está ocorrendo na via presencial principalmente com um ambiente confortável e com advogados especializados cuidando de todos os detalhes legais e burocráticos, incluindo a preparação e verificação dos documentos necessários. Isso cria além de um processo menos oneroso e complexo, uma experiência única sem a necessidade de preocupação com a logística da mudança temporária.
No entanto, é fundamental que o requerente esteja atento aos detalhes do processo, seja qual for a via escolhida. A preparação correta dos documentos, como certidões de nascimento, casamento e óbito, traduções juramentadas e a Apostila de Haia, é essencial para garantir o sucesso na obtenção da cidadania. Nesse sentido, contar com uma assessoria especializada pode fazer toda a diferença, tanto para evitar erros que possam comprometer o processo quanto para facilitar as etapas necessárias
Em resumo, a escolha entre o processo administrativo presencial e o judicial depende das circunstâncias pessoais de cada requerente. Enquanto o processo presencial na Itália oferece rapidez, ele exige uma mudança temporária para o país, o que pode não ser viável para todos. Já o processo judicial, embora mais lento, oferece a comodidade de ser realizado à distância, sem a necessidade de viagens, e permite que toda a família seja beneficiada em um único processo. Avaliar as vantagens e desvantagens de cada via é essencial para tomar a melhor decisão e, assim, garantir o sucesso na obtenção da tão desejada cidadania italiana.
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