Apoiado por uma lista de 48 empresas patrocinadoras e cerca de 350 pessoas que adquiriram ingressos para estarem presentes, o jantar anual beneficente do Instituto O Grito conseguiu parte de sua meta de arrecadação de fundos para o financiamento dos projetos sociais da entidade no ano de 2025. Com atuação nas comunidades de Vila Alvorada, Soares e Nacional (Ribeirão das Neves); Bom Jesus e Pedra Azul (Contagem); e Xangrilá (Belo Horizonte). O Grito envolveu 5621 pessoas em seus projetos em 2023. Em 2024, até agora, a instituição já atendeu 4645 pessoas.
O jantar beneficente foi realizado na última segunda-feira (21/10), no espaço Far East, em Nova Lima. “Agradecemos a todos os patrocinadores, empresas apoiadoras e os parceiros, cujo apoio nos permitiu chegar até aqui e manter nosso propósito vivo, que se manifesta por meio de muitas vozes”, disse Leo Martins, CEO d’O Grito.
Os projetos d’O Grito incluem cursos profissionalizantes, atividades esportivas, atendimento socioemocional e aconselhamento de carreira. “Trabalhamos para gerar autoestima, capacitação, oportunidade. A pobreza não é só financeira, ela é multidimensional”, afirmou Leo Martins.
Terceiro ano de realização
Fundado em 2016, o Instituto O Grito tem, desde então, expandido suas atividades na capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte. Muitas empresas e personalidades que marcaram presença no jantar deste ano, que chegou à sua terceira edição, já apoiam historicamente a instituição, mas a ONG busca novos apoiadores para ampliar ainda mais os atendimentos.
Projetos programados para 2025 financiados com a arrecadação do jantar
Com o valor arrecadado no jantar, o Grito pretende ampliar, em 2025, projetos como o Inclusão Produtiva, que em 2023 capacitou 1.505 adolescentes, jovens e adultos por meio de cursos e treinamentos focados no desenvolvimento profissional e no protagonismo pessoal. O objetivo é que, a partir da educação, a pessoa construa seu futuro com autonomia, que seja capaz de romper o ciclo de vulnerabilidade social e que possa explorar, assim, novas oportunidades e novos horizontes. Ano passado, 147 pessoas atendidas pelo projeto conseguiram se recolocar no mercado de trabalho.
Outro projeto que continua em 2025 é o Polo Esportivo Cultural (PEC), espaço voltado para o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens da comunidade. Por meio de atividades como futebol, capoeira e dança, e oficinas culturais de música, teatro e artes visuais, o polo busca promover o bem-estar físico e emocional, além de estimular a disciplina, a criatividade e o trabalho em equipe. Ano passado, o PEC atendeu a 400 crianças.
Outro foco de 2025 será o Programa Socioemocional, que em 2023 atendeu 1.480 pessoas. O programa oferece acompanhamento próximo a adolescentes e adultos para o desenvolvimento de competências como autoconhecimento, empatia, gestão emocional, resiliência e habilidades de convivência. Esses comportamentos são fundamentais para se enfrentar os desafios cotidianos, construir relacionamentos saudáveis e tomar decisões mais conscientes.
Uma das novidades prometidas para 2025 é um aplicativo por meio do qual os doadores poderão acompanhar o destino de suas contribuições, aumentando a transparência da atuação da entidade.
Dar voz a quem não tem
Com o tema “Vozes que ecoam”, o encontro teve a apresentação de um vídeo institucional com depoimento de pessoas beneficiadas. O garoto Blaen, de 17 anos, é um deles. Ele participou de atividades do Polo Esportivo e Cultural e fez um curso de informática. Hoje, ele atua com marketing e como gestor de projetos. “Graças a isso, estou hoje no mercado de trabalho”, afirmou o menino.
Já Maria Eduarda, de 16 anos, fez cursos de ballet, inglês, informática e de atendente de farmácia com a ajuda d’O Grito. Com eles, ganhou mais confiança em si mesma: “Desenvolvi mais empatia, fiz amizades importantes e tomei consciência de questões sociais, o que me ajudou a ganhar um propósito e enxergar o mundo de forma mais solidária”.
Karine César, de 29 anos, inscreveu suas duas filhas pequenas nos projetos esportivos d’O Grito e notou a diferença no dia a dia das meninas. “O acompanhamento psicossocial ajudou minha filha Ana a lidar melhor com seus sentimentos, e a Helena teve grande progresso na fala. Ambas aprenderam a se expressar melhor”, revelou. Já Maria Rosa, de 53 anos, fez um curso de inclusão produtiva, no qual aprendeu a técnica “amigurumi”, de tricotear pequenos animais, e está mais feliz: “Hoje, vendo minhas peças e tenho uma renda extra, o que me traz sustento e um grande orgulho”.
Favela 3D
Outra novidade pra o próximo ano é o investimento no projeto Favela 3D (Digna, Digital e Desenvolvida), criado originalmente pela ONG Gerando Falcões, parceira d’O Grito, e lançado em Minas em setembro de 2023, na comunidade de Vila Alvorada, com a presença do governador Romeu Zema. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, a Prefeitura de Ribeirão das Neves e O Grito assinaram Termo de Cooperação para que o Favela 3D possa chegar a outras regiões do estado.
SERVIÇO:
Jantar d’O Grito supera meta de arrecadação e confirma projetos sociais para 2025
Mais informações: www.institutoogrito.org
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Marcelo Dias Moreira
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