Na última quarta (22), o dólar fechou em queda em R$ 5,94 abaixo dos 6 reais pela primeira vez desde dezembro de 2024, com o mercado mais aliviado em relação ao governo Trump e esperando um tom mais moderado na adoção de tarifas sobre produtos estrangeiros.
Segundo Andressa Bergamo, especialista em investimentos e sócia-fundadora da AVG Capital, esse movimento abre oportunidades estratégicas para investidores que desejam internacionalizar parte do patrimônio. “Com um câmbio mais favorável, torna-se mais barato converter reais para a moeda americana e alocar recursos em ativos internacionais. Nesse contexto, uma conta internacional pode ser um instrumento poderoso para aproveitar esse momento e diversificar os investimentos”, afirma.
De acordo com a especialista, ter uma conta internacional permite ao investidor acesso direto a produtos financeiros dos Estados Unidos, como ações, ETFs, títulos do Tesouro americano (Treasuries) e REITs (fundos imobiliários dos EUA), sem a necessidade de intermediários locais. “Isso reduz custos com corretagem e impostos e facilita a gestão do portfólio em dólar, protegendo o patrimônio contra a volatilidade do câmbio. Além disso, com juros ainda elevados nos EUA, é possível encontrar títulos de renda fixa com retornos atraentes e segurança”, destaca a especialista.
Outro benefício importante é a proteção contra a desvalorização do real. O Brasil historicamente enfrenta ciclos de alta inflação e incertezas políticas e fiscais, o que podem impactar a moeda local. “Investir parte do patrimônio em dólar funciona como uma espécie de ‘seguro’ financeiro, garantindo maior estabilidade e preservação do poder de compra no longo prazo”, ressalta Andressa.
Para a especialista, com o dólar mais barato, essa pode ser uma oportunidade interessante para quem deseja dar o primeiro passo nos investimentos internacionais. “Abrir uma conta em uma instituição financeira global ou um banco internacional é um processo cada vez mais acessível para brasileiros, permitindo depósitos, remessas e investimentos com poucos cliques. A diversificação geográfica se tornou uma estratégia essencial para quem busca melhores retornos e proteção patrimonial diante dos desafios econômicos globais”, finaliza.
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Guilherme Hanna Adario
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