Neste início do ano as esperanças são renovadas, e muitos brasileiros sonham em ter a casa própria e sair do aluguel. No entanto, este é um movimento que exige muito cuidado e planejamento. Há várias ofertas de imóveis no mercado, mas é importante identificar as melhores oportunidades de negócio. Jonatas Honório, diretor financeiro da Vinx Incorporadora, especializada em projetos no segmento econômico, dá dicas de como se preparar para a compra.
Confira:
1) Sinal X Entrada X Financiamento
Comprar um imóvel na planta pelo programa Minha Casa Minha Vida envolve alguns conceitos financeiros importantes: sinal, entrada e financiamento. Embora possam parecer semelhantes, eles têm funções distintas no processo de aquisição. Vamos entender cada um deles:
Sinal: é um valor pago inicialmente como uma garantia de que você tem interesse na compra do imóvel. É uma espécie de “reserva” da unidade pago diretamente a construtora ou incorporadora, sendo descontado do valor total da entrada posteriormente.
Entrada: representa uma parte do preço do imóvel que você paga com recursos próprios, sem financiamento, e pode ser parcelada durante a construção, facilitando o planejamento financeiro. A entrada é obrigatória para quem opta pela compra, e geralmente é 20% do valor total. Pode ser facilitada com o uso do FGTS, diminuindo o valor a ser desembolsado diretamente pelo comprador. Quanto maior o valor da entrada, menor será o valor a ser financiado, e consequentemente, juros e parcelas menores.
Financiamento: é um empréstimo concedido por um banco ou instituição financeira para pagar o restante do valor do imóvel, com condições facilitadas pelo programa Minha Casa Minha Vida, sendo oferecido juros mais baixos e prazos de pagamento mais longos. Muitos não têm recursos necessários para comprar um imóvel à vista. Logo, economizar para a entrada é fundamental
2) Reduzir o endividamento
Para conseguir um financiamento junto a instituição bancária é importante não ter dívidas altas. O banco irá avaliar se o indivíduo tem capacidade de crédito, se não está muito endividado e se tem capacidade de pagamento.
Faça uma análise das finanças pessoais e da família antes de tentar fechar negócio. Estude, por exemplo, se é necessário reduzir faturas do cartão de crédito ou quitar alguns pagamentos para que o orçamento não fique muito apertado depois.
Uma dica é reduzir o endividamento como parcelas altas, financiamento de carro, etc; assim você consegue mais crédito. Procure se capitalizar para ter mais facilidade na entrada do imóvel. Isso aliviará o fluxo futuro resultando em parcelas menores, e contará com juros menores na hora de pedir o financiamento para o banco.
3) Programa Minha Casa, Minha Vida
Um benefício importante que você pode usufruir para a aquisição da casa própria é ver se o seu perfil e de sua família se encaixam no programa do Governo Federal, o Minha Casa, Minha Vida. O programa se dá em parceria com instituições estaduais e municipais. Em São Paulo, os interessados podem aderir ao HIS (Habitação de Interesse Social) e HMP (Habitação de Moradia Popular), que garantem benefícios, condições e faixas de renda diferenciadas.
O programa prevê três faixas de renda em áreas urbanas: Faixa 1: até R$ 2.640,00 de renda bruta familiar mensal; Faixa 2: de R$ 2.640,01 a R$ 4.400 de renda bruta familiar mensal; e Faixa 3: de R$ 4.400,01 a R$ 8.000 de renda bruta familiar mensal.
4) Documentação necessária
Para fechar qualquer negócio, é fundamental garantir que toda a documentação esteja em ordem. Nesse sentido, você deve separar comprovantes de renda, declarações de imposto de renda, comprovantes de residência e qualquer outro documento exigido no processo imobiliário.
Se você deseja financiar, precisará preencher os seguintes pré-requisitos: ser brasileiro, naturalizado ou ter visto permanente para estar no Brasil; não ter restrições no CNPJ ou CPF como Serasa, SPC e Receita Federal; ter renda suficiente (e comprovar) para assumir a prestação mensal; e ter mais de 18 anos ou ser emancipado após os 16 anos.
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KADYGIA MONTEIRO FERREIRA
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