Sabia que uma emoção dura apenas 90 segundos? Todo o restante do sofrimento prolongado deve-se à mente que continua a reviver ou reinterpretar a emoção inicial. Os dados são do trabalho da Dra. Jill Bolte Taylor, neurocientista que escreveu o livro My Stroke of Insight, e que explica que uma emoção, quando desencadeada, ativa uma cascata química no corpo que dura aproximadamente 90 segundos somente.
“Ou seja, após 90 segundos, tudo é a forma como você interpreta aquela emoção e a história que se conta”, diz a neurocientista brasileira, formada pela Santa Casa de São Paulo, Caroline Garrafa, e ainda lembra que os pensamentos negativos são iguais ao velcro, grudam e são difíceis de serem “removidos”, principalmente se não forem trazidos para consciência. Para ajudar a mudar o padrão de pensamentos, Caroline Garrafa traz uma dica simples da Neurociência e que pode ajudar nos momentos mais críticos:
“Quando você estiver em um looping de pensamentos negativos e tiver clareza disso, dê uma pausa no que está fazendo e saia para caminhar com esses pensamentos em mente. Após, mais ou menos, cinco minutos de caminhada, seu cérebro já estará mais oxigenado e, portanto, mais propício para receber novos estímulos, mude a direção da caminhada intencionalmente, pensando em redirecionar seus pensamentos também, ou seja, simulando a quebra do fluxo negativo e trazendo contrapontos positivos ou mesmo ressignificando os pensamentos. Pense em algum significado positivo que você pode tirar disso tudo e continue no caminho, seu cérebro vai entender essa mudança de direção e seus novos pensamentos com intencionalidade como uma oportunidade de enxergar de outra forma o contexto e você sentirá um alívio de sair desse looping vicioso quase instantâneo”.
Mudando o padrão
Caroline Garrafa reforça que outras práticas de gestão das emoções são importantes para gerar mais bem-estar. Guardar rancor é uma das atitudes que pode levar ao adoecimento, pois ativa o sistema de estresse no cérebro, aumentando os níveis de cortisol. O resultado? Insônia, pressão alta, ansiedade, problemas digestivos e um risco maior de doenças cardíacas e depressão.
Ela sugere duas práticas simples e que podem contribuir para a mudança do padrão:
1 – Cultive o perdão
Pesquisadores do Journal of Behavioral Medicine descobriram que o perdão está associado a níveis mais baixos de inflamação e saúde mental significativamente melhor. Outro estudo, da Universidade de Stanford, mostrou que o perdão reduz sintomas de estresse em até 70%.
Como praticar? Comece escrevendo uma carta para quem te magoou. Você não precisa enviá-la, mas esse ato ajuda seu cérebro a processar as emoções e começar a se libertar.
2 – Exercite a gratidão
Estudos mostram que pessoas que praticam gratidão são 25% mais felizes. Por isso, incluir pequenas práticas diárias de gratidão pode transformar sua percepção e como você se sente.
Ao final de cada dia, pense em três coisas pelas quais você é grato. Isso ajuda a reduzir o estresse, melhora sua resiliência e ainda fortalece suas conexões.
Sobre a especialista
Caroline Garrafa é fundadora da Santé, idealizadora do método que já impactou e transformou inúmeras vidas, tornando muitas empresas mais lucrativas e líderes mais realizados. É mentora, palestrante e conselheira de empresas.
Formada em Engenharia de Produção, tem especialização em Neurociência na Santa Casa de São Paulo, Master de Programação Neurolinguística (PNL) e Liderança. Possui MBA em Finanças pela FIA-USP e MBA em Lyon na França, com extensão na China e em Dubai. Possui credenciais de reconhecidas instituições como Business Mastery – Tony Robbins, European Coaching Association (ECA) e Behavioral Coaching Institute (BCI), além de uma carreira sólida com passagem por empresas como Coca-Cola e mais de 10 anos em mercado financeiro no Itau-Unibanco.
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CINTHIA LOPES CURADO
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