O Brasil receberá dezenas de milhares de visitantes que pretendem participar da trigésima Conferência da ONU para o clima. Será em novembro próximo em Belém do Pará.
Como a Amazônia é uma região simbólica, pois considerada a última floresta tropical do planeta, aguarda-se um acréscimo no número de interessados em participar desse encontro.
Embora a sede da COP seja Belém, o Brasil é um país continental e precisa se aproveitar da oportunidade para mostrar sua realidade, que não é desprovida de atrativos. São Paulo, a maior cidade brasileira, tem uma infinidade de equipamentos dignos de serem visitados pelos estrangeiros. Inúmeros museus, centros culturais, parques, bibliotecas, teatros, cinemas, uma arquitetura digna de ser apreciada. Inclusive a cobertura vegetal que ultrapassa o índice de 50%, o que é raridade nas metrópoles.
As vantagens paulistanas começam pelo aeroporto internacional “André Franco Montoro”, em Guarulhos. Ali chegarão os voos que trazem a participação internacional à COP. Se houver coesão entre as companhias aéreas, a rede hoteleira e o setor de turismo, não será difícil criar uma série de eventos paralelos, para que os sequiosos por conhecerem a realidade amazônica, também verifiquem que São Paulo tem o que mostrar.
Durante a COP29, em Baku, no Azerbaijão, essa prática foi implementada e todos os que quiserem permanecer em Istambul, na Turquia, por mais alguns dias, tiveram desconto na passagem e hotel gratuito. Uma excelente ocasião para São Paulo consolidar a sua vocação de cidade-destino de milhões de turistas a cada ano.
Mãos à obra, portanto. Cérebros em ação, criatividade posta à prova. Todos estão chamados a colaborar porque uma COP é um evento capaz de chamar a atenção do mundo e São Paulo, cuja expertise turística é universalmente reconhecida, não pode perder a chance de oferecer sua estupenda infraestrutura para impressionar aqueles que ainda não a conhecem.
*José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.
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LUCIANA FELDMAN
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