Com a chegada do final do ano, surge um momento propício para reflexões e balanços pessoais. É tempo de olhar para o que foi feito, revisitar as metas traçadas no início do ano e perguntar: o que fiz para melhorar minha vida? Quais planos quero colocar em prática no próximo ano? “Do ponto de vista psicológico, ter planejamento e projetos é fundamental, mas precisamos entender que eles só se tornam reais quando acompanhados de ações”, explica o psicoterapeuta Luti Christóforo. Não adianta fazer listas de metas e esperar que a oportunidade bata à porta. Seja no campo profissional, financeiro, emocional ou amoroso, a transformação exige atitude.
Albert Einstein já dizia: “A maior loucura do ser humano é fazer sempre a mesma coisa esperando resultados diferentes.” Para gerar resultados diferentes, precisamos estar dispostos a sair da zona de conforto e experimentar novas abordagens, mesmo que inicialmente pareçam desafiadoras ou incertas. Isso significa que mudanças reais demandam novas abordagens. Ter objetivos é o primeiro passo, mas as ações são o motor que transforma intenções em realizações.
A Felicidade é uma Escolha
Luti Christóforo comenta, “trabalhando como psicólogo, desenvolvi uma teoria que considero essencial: a felicidade é uma escolha. Acredito que ela é totalmente possível se praticarmos três princípios no dia a dia”:
1. Foco Total no Agora
A ansiedade é um excesso de futuro. Ela surge quando projetamos cenários e possibilidades que podem ou não acontecer, e que, mesmo se acontecerem, dificilmente ocorrerão exatamente como imaginamos. Sofrer antecipadamente por essas hipóteses é a essência da ansiedade. Devemos lembrar que não temos controle absoluto nem sobre o que virá, nem sobre a forma como se desenrolará. Por isso, é crucial lidar com os fatos concretos, a realidade presente, e não com suposições ou possibilidades.
Da mesma forma, não faz sentido sofrer novamente por algo que já nos causou dor no passado. Se uma experiência nos trouxe sofrimento, precisamos trabalhar o luto e tirar aprendizados daquela situação, mas sem perpetuar o sofrimento no presente por algo que já não faz parte da nossa realidade atual.
Estar no momento presente exige que corpo e mente estejam no mesmo lugar. Quando nosso corpo realiza uma tarefa e nossa mente está dispersa, pensando em outra, não estamos verdadeiramente presentes em nenhum dos dois. Isso gera confusão e pode levar a transtornos psicológicos. Outro fator que compromete nossa saúde mental é a tentativa de fazer várias coisas ao mesmo tempo, sem atenção plena em nenhuma delas. Quando nos concentramos em realizar uma tarefa de cada vez, com foco total, não só executamos com mais eficácia como também economizamos tempo. Isso nos permite concluir outras atividades com qualidade e tranquilidade.
2. Treino do pensamento positivo:
A vida está cheia de desafios, mas até mesmo as situações difíceis podem conter lições ou oportunidades. Por exemplo, perder um emprego pode parecer devastador, mas também pode abrir portas para uma nova carreira ou um recomeço mais alinhado com seus valores. Inspirando-se na “lógica da Poliana”, podemos encontrar aspectos positivos em qualquer cenário. Mudar nossa percepção é fundamental para cultivar uma mentalidade mais leve e resiliente.
3. Praticar a gratidão:
A felicidade não depende apenas de conquistas futuras, mas de valorizar aquilo que já temos. Quando agradecemos pelas nossas realizações, criamos uma base sólida de satisfação, abrindo caminho para novas conquistas. Como costumo dizer: sucesso é conquistar o que desejamos, mas a felicidade é gostar do que já temos. Isso não significa conformismo, e sim reconhecimento.
Neste final de ano, convido você a refletir: como está investindo em sua felicidade? Quais ações irá tomar para transformar planos em realidade? Lembre-se: o segredo está em unir planejamento, atitude e a prática diária dos três princípios. Que o próximo ano seja um capítulo de grandes realizações e plena felicidade.
Luti Christóforo
Psicólogo clínico.
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