Um em cada cinco brasileiros (ou 20,9% da população) mora em casas alugadas, de acordo com dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE no último dia 12 de dezembro. Em 2019, o número era de 19,3% e, em 2016, 18,5%. Doze anos antes, em 1980, essa proporção era de 16,4%.
Esta busca pela flexibilidade é reforçada pela pesquisa da Agência Today, que mostra que 80% dos jovens entre 25 e 39 anos preferem alugar um imóvel a comprá-lo. “O brasileiro está refletindo sobre as vantagens de viver de aluguel. Ainda há uma carga cultural grande para compra, mas muitos já perceberam que a aquisição nem sempre é a melhor opção”, diz Cristiano Viola, Diretor de Operações da incorporadora e gestora imobiliária Greystar.
Este novo cenário está fazendo com que muitas empresas apostem em empreendimentos voltados exclusivamente à locação, a exemplo do que já ocorre nos Estados Unidos, Europa e Ásia. “Estamos falando de um tipo de serviço muito comum no resto do mundo que está sendo tropicalizado. Uma nova forma de morar, que é uma consequência da forma como trabalhamos e estamos vivendo”, ressalta Viola.
De acordo com ele, o objetivo desses empreendimentos é oferecer o melhor lugar possível para viver bem. “Toda a infraestrutura desenvolvida é baseada nos hábitos de consumo e demandas da população local. No Brasil, além das tradicionais áreas comuns, os projetos tendem a englobar área pet com pet wash, salas de spining e yoga, salas de coworking e até mesmo o espaço para o churrasco”, esclarece.
A tendência é que os projetos de locação flexível ataquem justamente as novas demandas da sociedade, como a locação temporária de maneira simples e profissional dentro deste contexto de trabalho dinâmico. Nessa nova realidade, muitas pessoas buscam lugares para viver sem a obrigação de fazer um contrato de 30 meses. Na Greystar, por exemplo, a duração de cada contrato é variável, começando a partir de 3 meses, para se adequar às necessidades do cliente.
Os apartamentos nesse formato são entregues no padrão americano: com marcenaria de cozinha e banheiro, geladeira, forno, cooktop, depurador, micro-ondas, máquina lava e seca e ar-condicionado central. Existe ainda a possibilidade de optar por imóveis mobiliados. “Esse segmento é bastante consagrado em mercados internacionais. No Brasil, apesar de ainda ser recente, já está ganhando bastante força e tende a crescer cada vez mais por facilitar a vida dos moradores”, complementa Cristiano Viola.
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EDUARDO BETINARDI
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