O mercado de beleza do Brasil é um dos maiores do mundo, sendo responsável por 4% do PIB nacional. De acordo com dados da ABIHPEC – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o Brasil ocupa a 2ª posição entre os países que mais lançam produtos na área e está em 4º lugar entre os países que mais consomem produtos de beleza no mundo.
Um relatório especial da McKinsey, aponta que a previsão é que esse setor atinja o faturamento de U$ 580 bilhões até 2027. Esses são dados significativos, e agora gostaria de te convidar para uma breve reflexão: ao ouvir ou ler sobre o mercado de beleza, quais imagens vêm à sua mente?
Independente das associações que você realizou, o mercado da beleza vai além de maquiagem e cuidados com a pele, para incluir o bem-estar, a biotecnologia, produtos personalizados e práticas sustentáveis. Um dos impulsionadores mais significativos do crescimento do comércio de beleza é a inovação. Os avanços na biotecnologia revolucionaram os cuidados com a pele, permitindo que as marcas criassem produtos mais eficazes, como também mais ecológicos. As ações de logística reversa, embalagens biodegradáveis e recarregáveis, os selos cruelty free e clean beauty estão se tornando padrões da indústria, refletindo a demanda dos consumidores.
As marcas também estão incorporando inteligência artificial e aprendizado de máquina em seus serviços, permitindo recomendações altamente personalizadas, experimentações virtuais e até mesmo, ferramentas de diagnóstico para análise de pele. Esta ênfase na beleza personalizada não só capacita os consumidores a fazerem escolhas informadas, como ainda aumenta a fidelidade à marca.
Outro fator transformador no comércio de beleza é o papel das mídias sociais e dos influenciadores. Plataformas como Instagram, TikTok e YouTube criaram comunidades de beleza onde as tendências se espalham rapidamente, as avaliações são confiáveis e os tutoriais são compartilhados. Os influenciadores, tanto macro como micro, têm um forte impacto no comportamento do consumidor, e as marcas colaboram cada vez mais com eles, atingindo públicos de nicho e criando ligações. Os consumidores já não são compradores passivos; eles estão ativamente envolvidos com as marcas, expressando suas necessidades e também moldando novas linhas de produtos.
Não posso esquecer de mencionar que a inclusão também se tornou um valor central. Os consumidores esperam que as marcas atendam a uma ampla gama de tons de pele, tipos de cabelo e origens culturais, uma mudança que trouxe mais representação e autenticidade ao mercado. O que se estende ao bem-estar, já que os consumidores veem o autocuidado como uma parte essencial da beleza.
Os limites entre cuidados com a pele, saúde mental e bem-estar físico estão se confundindo e as marcas estão respondendo lançando produtos que promovem relaxamento, sono e saúde. A beleza não é mais vista apenas como uma busca externa; faz parte de um estilo de vida equilibrado, conectando mente, corpo e espírito.
De modo geral, o comércio de beleza é uma indústria que reflete os valores, aspirações e prioridades dos consumidores. À medida que continua a evoluir, provavelmente continuará se moldando e respondendo às novas tendências, redefinindo o que a beleza significa em um mundo cada vez mais conectado e espero que consciente.
* Vívian Ariane Barausse de Moura é professora do Centro Universitário Internacional – Uninter, onde é tutora no curso de Gestão Comercial e Gestão Estratégica Empresarial.
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JULIA CRISTINA ALVES ESTEVAM
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