De acordo com uma pesquisa da Wake, cerca de 66% dos consumidores brasileiros afirmam que pretendem adquirir algum produto durante o período de promoções da Black Friday, um dos maiores eventos de vendas no varejo. Entretanto, essa grande movimentação de compras traz desafios logísticos e ambientais importantes que nem sempre são visíveis para o consumidor final: a logística reversa.
Com grande consumo, há também o aumento das devoluções de produtos durante a época pós-Black Friday, onde empresas de diferentes setores estão revendo suas estratégias para otimizar processos e mitigar os impactos ambientais. Isso pode acontecer por diversos motivos, desde a insatisfação do cliente com o produto até a troca por problemas técnicos, e muitas mercadorias precisam retornar aos centros de distribuição ou às lojas.
Para Murilo Namura, Head Of Sales da Área de Equipamentos da Pitney Bowes, multinacional orientada pela tecnologia que oferece soluções de envio em SaaS e inovação em correspondências em todo o mundo, esse movimento exige eficiência, planejamento e uma infraestrutura adequada para garantir que os produtos sejam recebidos, inspecionados e destinados corretamente, seja para o reuso, reciclagem, descarte apropriado ou para revenda em outros canais.
“Hoje, a logística reversa é mais do que uma necessidade operacional, ela é uma oportunidade para melhorar a experiência do cliente e adotar práticas mais sustentáveis. Empresas que conseguem integrar um sistema eficiente de devoluções, com rastreabilidade e agilidade, ganham vantagem competitiva e promovem uma imagem de responsabilidade ambiental”, complementa Namura.
Quando se trata de benefícios para o consumidor, o especialista da Pitney Bowes ressalta que o processo traz mais segurança e confiança na compra, pois faz com que o cliente saiba que poderá devolver ou trocar o produto de maneira prática, rápida e sem complicações. Junto a isso, cria-se uma tendência de inovação no setor, uma vez que, com o aumento das devoluções, muitas empresas estão adotando tecnologias avançadas para facilitar o gerenciamento de seus sistemas de logística reversa.
“Dentre essas inovações, podemos destacar o uso de Inteligência Artificial (IA) e machine learning para prever demandas e organizar o fluxo de devoluções, automação para inspeções e triagens mais rápidas e plataformas digitais para rastreamento em tempo real das mercadorias devolvidas”, aponta Murilo.
Além de um processo necessário para o atendimento ao cliente, a logística reversa pós-Black Friday faz parte das práticas de responsabilidade social corporativa (RSC) de muitas organizações, e os consumidores estão cada vez mais atentos às práticas sustentáveis das marcas que escolhem.
“É um desafio que também representa uma grande oportunidade para o varejo e a indústria. Uma estratégia bem planejada, sem dúvidas, é um diferencial perante os concorrentes e reforça o posicionamento de responsabilidade social das companhias, minimizando o impacto ambiental e atendendo às expectativas de um consumidor ainda mais consciente”, conclui o especialista.
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GIOVANNA REBELO ALVES
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