Quando uma empresa desenvolve um produto, é comum focar no design e na distribuição para o consumidor final. Porém, dois pontos importantes costumam ser subestimados: o tipo de material que será utilizado e o descarte adequado ao final de sua vida útil. Incentivar uma cadeia produtiva mais sustentável é essencial para reduzir o desperdício precoce de bens de consumo e o impacto ambiental, especialmente no uso de materiais com maior tempo de degradação e substâncias nocivas à natureza.
Uma prática cada vez mais adotada por empresas com compromissos ESG é o ecodesign. Assim como na economia circular, o ecodesign visa eliminar o desperdício e a poluição, manter os materiais e produtos em uso contínuo e regenerar os recursos naturais. Essa abordagem integra considerações ambientais desde a concepção do produto até a sua utilização, minimizando impactos prejudiciais decorrentes do consumismo desenfreado.
Segundo definição do Ministério do Meio Ambiente, “o ecodesign é uma ferramenta de competitividade utilizada pelas empresas nas áreas de arquitetura, engenharia e design, atendendo novos modelos de produção e consumo, contribuindo para o desenvolvimento sustentável através da substituição de produtos e processos por outros menos nocivos ao meio ambiente”.
O principal desafio do ecodesign é criar produtos de grande durabilidade e versáteis, que mantenham sua utilidade a longo prazo. Comprometida com a economia circular, a CHEP, empresa global de logística sustentável e soluções para transformar a cadeia de abastecimento, produziu um vídeo didático sobre esta prática ecológica, destacando algumas das estratégias essenciais do ecodesign:
Aumentar a eficiência e o desempenho dos produtos;
Utilizar menos materiais e optar por recursos renováveis ou recicláveis, livres de substâncias tóxicas;
Produzir de forma mais limpa, com processos que utilizam energias renováveis e reduzem a poluição;
Otimizar a logística, adotando transporte com emissões zero de gases de efeito estufa;
Melhorar as embalagens para facilitar sua reutilização e reciclagem;
Promover a longevidade dos produtos, reduzindo a necessidade de substituições frequentes;
Minimizar o impacto ambiental no fim da vida útil do produto, escolhendo materiais mais sustentáveis.
A importância dessa abordagem vai além das fronteiras. Na Europa, a União Europeia vem implementando uma série de novos regulamentos focados em ESG, como a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD – Corporate Sustainability Reporting Directive) e o Regulamento de Ecodesign de Produtos Sustentáveis, que buscam aumentar a transparência e exigir práticas mais rigorosas das empresas em relação a sustentabilidade.
“Adotar o ecodesign e a economia circular é uma oportunidade de tornar a cadeia de logística e suprimentos mais sustentável, além de inspirar outras empresas de diferentes ramos a implementarem esse modelo de negócio, contribuindo também para um planeta mais saudável”, afirma Samantha Rodriguez, Gerente de Sustentabilidade da CHEP.
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ROBERTA SENA FELICIANO
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